domingo, 19 de fevereiro de 2012

Sobre a neutralidade

Obrigado a Ti!



                1.
                Uma coisa não pode ser neutra, pois possui em si possibilidades. Quando dizemos “possibilidades”, queremos dizer “capacidade para algo”. Assim, se entendermos como conceito de “coisa” qualquer elemento passível de ser nomeado, diremos que a neutralidade é impossível, pois até mesmo o nome de uma coisa já lhe confere atributo. Ora, se podemos dizer sobre “aquela coisa” que ela se chama “isto”, como poderia esta mesma coisa ser neutra? O mesmo pode ser dito sobre as ideias.
                No entanto, não falamos aqui sobre o “valor” de algo. Isto já é outra discussão. Se dermos a alguma coisa um “valor”, esta coisa precisa ser comparada a outra, ou posta em uma escala. Esta escala, ou grau de comparação, necessariamente precisaria estar graduada em valores máximos e mínimos, ou em valores opostos, como “bonito/feio, agradável/tedioso, alegre/infeliz etc.” Logicamente, e pela mesma razão, não é possível neutralidade através de julgamentos.
                Se ainda aqui há dúvidas, lembra-te destas palavras de Cristo: “Essa é a nota mestra da salvação: o que vejo reflete um processo em minha mente, que se inicia com a minha idéia do que quero.” E assim encerramos a discussão com este axioma: a “vida”, e tudo o mais que se vê no mundo, é uma projeção, e não pode ser neutra, pois foi apenas posta aí fora por ti, e é o resultado de um processo equivocado de pensamento. Damos aqui Graças a Deus, pois um equívoco pode ser corrigido, e mesmo aquilo que não é neutro pode ser totalmente inofensivo.
                Lembremos, no entanto, que o fato de algo não ser neutro não lhe confere realidade, conforme estudamos. Uma xícara não existe no Reino, mas seu atributo de “conter” reflete uma ideia, que aqui pode ser o atributo de xícaras, potes, copos, buracos ou recipientes de qualquer espécie. A mesma noção pode ainda ser estendida ao útero, à noção religiosa da Grande Mãe, a qualquer meio de transporte, ou ao estado de transição que se dá entre uma aparente coincidência e a atestação de um fato, que revela motivos que contém plausibilidade, ou ainda eventos relacionados a qualquer tipo de transição em geral, que traduz em si um atributo, permanente ou não, de conter “mensagens”, como nas premonições ou em certos tipos de sonhos. Portanto, a noção de “conter”, existindo como ideia, será atribuída a um sem-número de objetos no mundo físico, ou através do simbolismo de tais ideias. No caso da xícara, ela pode conter café ou chá. Se continuarmos este tipo de raciocínio com apenas estes três elementos, encheremos linhas e mais linhas de especulação simbólica.
                Não é possível esgotar um símbolo. Nem o valor de algo pode ser universal. O dinheiro que vale em um país tem valor diferente em outro, e pode não ser sequer aceito em um terceiro. Não existem coisas neutras, ou coisas sem valor. Existem apenas as coisas, seus nomes e atributos, e algum uso.

                2.
                Convém lembrar que o “desapego” procura elidir o valor das coisas ao desvincular o objeto ao desejo. Este processo nada tem a ver com neutralidade. Apenas um insano desapegaria do uso sadio das coisas enquanto estiver neste mundo em um corpo, ou — já que estamos indo tão profundamente na metafísica — como imagem. É correto lembrar que o amor é a unidade de medida da sanidade. Quando amas verdadeiramente a um irmão, lembra-te de Deus. A noção de unidade se refaz em qualquer pensamento amoroso que tiveres, mesmo em relação aos ambientes. Já foi dito em outro lugar neste blog das sábias palavras de Chico Science: “deixar que os fatos sejam fatos naturalmente/ sem que sejam forjados para acontecer/ deixar que as coisas que lhe circundem estejam sempre inertes/como móveis inofensivos/para nunca lhe causar danos/sejam eles morais, físicos, ou psicológicos.” E eis aqui tudo demonstrado. Deixar os fatos “serem” é liberdade. O vento que beija teu rosto na praia, ou a criança que te dá abraços no jardim jamais serão neutros, mas são amorosos. Assim, o desapego é uma noção de relevância. O que é relevante para ti, neste mundo insano? Nada? Então continues a estender neste mundo o amor. Se “o que vejo reflete um processo em minha mente”, nada pode ser neutro, mas tudo pode ser apenas o estender do amor de Deus aqui neste mundo. Portanto, pense apenas com amor.
               
3.
                E agora perguntamos: existe alguma coisa neutra? Ora, para que algo seja neutro, este algo não pode ser representado por nenhum tipo de ideia. A palavra portuguesa “neutro” vem do latim ne [nem]+uter, utra, utrum [um ou outro]. Ou seja, neutro seria “nem um, nem outro”. Este homem é feliz? Nem uma coisa, nem outra. Este carro é novo? Nem uma coisa, nem outra. Agora, diga: das coisas que experimentas em tua percepção diária, para quais podes dizer: “nem um, nem outro?”, a menos que seja um erro?
Há uma maneira de isso ser assim: devote indiferença àquilo que não existe, isto é, a tudo o que vês no mundo da percepção. No entanto, guarda para ti os pensamentos de amor, pois a pouco já ficaste com raiva também. Assim, eis o mundo retornado pacífico À Tua Santa Mente. E pedimos a Nosso Pai que venha até nós, para nos transportar pela “brecha”, esta “estreita fenda” que nos separa do Reino, e pedimos que seja para logo a compreensão empírica disto. Amém. 



.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

(...)





Ser um artista não significa a expansão voluntária de uma carga mal ajambrada em si mesmo que fornece ocultas maneiras de estar-no-mundo. Ser um artista quer dizer que o empenho do indivíduo está mais apropriado ao seu desafio de estar em seu posto de maior grau em relação ao teu medo de ser como és. Agora, que não entendestes, escuta:
O Amor é um divino meio de encontrar a si mesmo, e Ele não pode ser difundido pelo que tu julgas verdadeiro, mas é falso. Apenas te empenhas em escutar, e não atrapalhes: um sensato ministro de Deus sabe bem o que aprende. O que aprende, divulga, e o que divulga, recebe. Se divulgas medo, serás temeroso, mas não em termos do que vês, mas em um tipo de temor que parece que te move, mas atrasa.
O que é o teu impulso verdadeiro. Isto tu queres saber. O que faria com que todas as dores se fossem? O Que seria verdadeiramente útil para os teus, vindo de ti? Seria o teatro, ou escrever? Seria a aeronáutica, ou o amor? Seria o amigo, ou o vento visto? Seria o sentimento estético, ou o sexo? Qual é a gota de miséria que tiras destas coisas? Nada disto é verdadeiro, são símbolos.
Então, pergunto, qual é o símbolo que me evoca?
Boa pergunta. Estás aqui para servir a Deus. Tens medo disso, pois tua missão é dura, mas fácil, pois é para ti.
E qual é a forma dela? O que é que é “o que é”?
Queres um conhecimento, uma segurança de esteio que te diga: é isto! Mas o “isto” de que se fala não tem nenhuma forma. Não se coaduna com o mundo. Não é “destilável” em vontades. Não se aplica a nenhum tipo de ideia, nem tem para si esteio e lugar. É apenas estar aqui, onde se está.
O que serei, então? O Teatro é insensatez juvenil?
Sim. Seu propósito é te aliar a uma confusão que indicaria o que não tens que fazer. O que tens que fazer para que as coisas façam sentido: falar de Deus. Deves começar cedo a encontrar as pessoas que querem aprender o que tu tens a falar. Podes falar de tudo e usar de todas as formas para falar Disto, mas não serás um artista profano, isto é, que não traz a mensagem do Curso em Milagres ou qualquer outra que O valha.
Como farei isto?
Os meios estão sendo preparados, e não compete a ti determiná-los.
Não devo fazer nada?
Isto mesmo.
O que é este tal Puer Aeternus?*
Significa a pulsão para a atividade. É muito útil para um professor de Deus. Não deve ser desprezado. É uma dádiva, mais que uma maldição. Não te atreverás a querer novamente ser o que sempre fostes: assustado, dinâmico em termos aleatórios, divulgador de ódios, semeador de ilusões. Serás apenas o que és: um que gosta do novo em cada evento, sem enfados demorados. Assim, pareces inútil, mas são tipos como o teu que promovem a mudança mais rapidamente. A cura disto não acontece, pois ser ou estar em condição puer não é uma doença, é tanto quanto um ideário divino, atualizado a cada momento pela acepção e busca de um novo. É desgastante, mas altamente gratificante ao final.
Finalmente, fazer teatro é um sonho, uma ideia, uma conquista que diferencia o militar oprimido do ser altamente libertário. Entre estes dois, estás Tu, livre e apoiado pelo Teu Pai, nestas palavras, a que te permites. Queres ser algo neste mundo, algo de valor. Então...sejas Tu Mesmo. Essa é a nossa indicação validada.
Ser a mim mesmo é...

Não tem forma. É isto.



* Psicólogos analistas alegam que o arquétipo pueril pode levar a problemas psicológicos que ficam patentes pela manifesta imaturidade, narcisismo e a inabilidade de desenvolver uma perspectiva adulta apropriada à vida.
O arquétipo antitético, ou, mais propriamente, o oposto enantiodrômico do puer é o senex (Velho Sábio). http://pt.wikipedia.org/wiki/Puer_Aeternus


.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Não tens que fazer nada

Foto tirada por anônimo na cidade de São Paulo.

Para onde quer que eu vá,
como for que eu esteja,
mesmo se for no engano,
Jesus me acompanhará...
e acertarei os meus passos!



                Seriamente, agora abrangeremos os “grandes segredos” que acreditas serem tão ocultos e impenetráveis. Os “mistérios” da compreensão do agir pelo não agir.
Perguntas, então, o que significa não tomar nenhuma decisão por tua própria conta. Como se fazer isso. A finalidade do Livro de Exercícios é que descubras isto por ti mesmo. Não há como dizer ao modo das palavras como se faz isso. Na verdade, a palavra que aponta para este estado com maior eficácia é a palavra “disponibilidade”. É preciso que estejas disponível para receber ajuda. Como “ativar” essa disponibilidade? Simples. Lembra-te que ainda és como Deus te criou, e que nada neste mundo tem valor para além do símbolo que representa. Assim, podes saber que o oculto por trás das coisas (das cores, dos números, dos sons) são tentativas de encontrar naquilo que nada significa uma componente de realidade que não pode ser alcançada jamais. Por conta disto, a natureza dualística do símbolo te enreda no jogo do consciente-inconsciente, e quando acredistas que sabes algo sobre qualquer coisa, logo à frente o panorama muda, e és novamente um incrédulo, quando não um assustado demais.
                A forma de agir pelo não agir não pode ser demonstrada, pois ela pode variar em número infinito. No entanto, como o próprio livro texto aponta, há uma sensação de paz, de estares certo do que fazes, de saberes de modo inequívoco que estás na direção que deverias estar, finalmente, sabes que estás caminhando com o Espírito Santo quando sabes disto e percebes a tudo pacificamente. Tens certeza de que vais no teu caminho, mas nem sempre sabes exatamente onde isto vai dar. Não terás em ti as certezas que o planejamento evoca, pois o planejamento implica julgamento. Mas não estarás mais cansado, pois planejar cansa. É preciso que aquele que planejou algo faça com que os detalhes encaixem em sua ideia das coisas ao ponto de fazer com que tudo esteja no lugar que planejou, e isso pode tomar formas terríveis, pois o controle somente pode ser terrível. Por que dizemos que o controle somente pode ser terrível? Primeiramente por conta do elevado grau de tensão que ele provoca. Jamais alguém se viu tão enfadonho em termos de ser como quando quis determinar o que deveria fazer em todos os exatos passos que caminharia. A sensação de impotência que acompanha o controlador é demasiado grande, pois aquele que invoca com fé um oposto, se angaria inevitavelmente de outro, pois a única coisa que não tem oposto é Deus. Deus É. Mas o planejamento é o oposto do caos, e se queres organizar o caos, estarás sempre tenso, pois precisas de todo o cuidado do mundo para evitar o erro.
                No entanto, te sentirás sempre errado. Como se nunca tivesses capacidade de acertar em nada, e como se fosses apenas um joguete na mão de forças muito maiores que tu. Todas estas coisas já te foram ditas no livro texto, mas gostaríamos que prestasses atenção nisto: não tens que fazer absolutamente nada! por isso se fala em humildade. O significado da palavra humildade está em sua acepção de ser isento, e não “estar abaixo”, ou ser “menos”. O humilde não precisa de nenhuma correlação entre o que faz e o que pensa, pois ele age apenas por agir. Ele não precisa de um modelo mental de sua ação. Não faz uso em suas palavras de concessões dignatárias, nem procede seus termos verbais de cálculos mentais antecipados. Ele é o que ele é. O humilde verdadeira não esconde o seu pensar, ele não pensa de modo algum. Decerto que por vezes é necessário usar o raciocínio, mas o raciocínio apenas serve ao humilde, não foi usado como punição, não cumpre a função de dogmatizar uma vida. Se o raciocínio alcança os termos que são seus apoios legítimos, isto é, a confiança e a Expiação, porque seria necessária gastar o pensar em seus modos trabalhos de “gerir”, se pudemos apenas usufruir dele? Pensa nisso: o humilde não precisa sequer ser educado, pois sua educação vem de saber Quem Ele É. Assim, jamais haverá erros, e a educação será natural, pois o raciocínio certo é sempre acompanhado da gentileza, e não da polidez. A tentativa de ser educado, de agradar com sorrisos, e tão humilhante para o Filho de Deus, que o UCEM trata disso sempre com um tom acima no livro texto, ou como neste trecho da Canção da Oração: “acaso não é demonstração de caridade aceitar o rancor do outro e não responder senão com o silêncio e um doce sorriso? Repara como és bom, como suportas com paciência e santidade a ira e a dor que outro te inflige sem mostrares a amargura que sentes!” (Canção da Oração, Cap 2, subtítulo 2, § 4).
                No mesmo parágrafo encontramos isto: “Este é, também, o objetivo daqueles que querem ser mártires às mãos de outros”. Isto, então, é humildade? Mostrar-se “menor”? Deixar a outro a responsabilidade de ser salvo e bom, às custas de tua dor? Isto é humildade ou insanidade? E não é verdade que um oposto atrai a outro? Se ages humilde assim, que será de ti quando pensares grande? Certamente, virá o especialismo à tua mente. E entre água e água, nada de profundo.
                Não tomar decisões implica em não estabelecer equivalências. Mas para que não tomes decisões é preciso que queiras apenas isto: ser feliz. Se quiseres ser feliz, então aguardes pelo que há de vir mergulhado totalmente no agora imediato, no instante este. Esqueça qualquer valor, ideia, noção, atributo e se entregue completamente ao que está acontecendo agora. Peça ao Espírito Santo que Ele mesmo te oriente, e deixe que Ele proveja o necessário para que teu dia seja assim.
                Ter um dia feliz é um presente, porém, assim como qualquer presente, não pode ser dado de ti para ti.          
                Agora pedimos, ó Pai, a tua intervenção por teu Filho Santo. Faça-lhe ver que ele é como Tu mesmo És. Pedimos que o deixe partilhar de Sua Própria Vontade, obliterada em um sonho infantil. Que seja amigo de todos os seus irmãos, para ajudá-los a descobrir Quem São e como voltarem à Casa, meu Pai. Assim pedimos a Ti que venhas hoje, que reconheças que Teu Filho apenas errou, e que ele é livre tal como O criastes e amas. Amém.


.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Perdeste teu livro

O Livro em Ti!

Perdeste o teu livro? No entanto, é possível perder o Curso em Milagres? A forma que o curso toma em seus termos de papel é uma coletânea. Deve ser levada a sério e estudada. Mas o livro, o que ele é? Um objeto apenas. A perda de um objeto, mesmo sendo esse objeto Um Curso em Milagres, não deve obliterar os resultados deste mesmo Curso. Portanto, se perdestes o teu livro, perdoa a ti mesmo por isso e volte a estudar da forma que for possível.

Parece curioso que tenhas perdido o teu livro justamente ao final do Livro de Exercícios. Obviamente, não é tua vontade deixar de fazer os exercícios finais. Portanto, farás por onde continuar. Apenas repara que essa coincidência pode ser valiosa, se a interpretares com amor. Esquecer o Livro em algum lugar parece desatenção. Não pode ser desapego, pois o desapego não larga mão dos cuidados. Ser descuidado é ser leviano, mas sabemos que tal erro é possível, e o perdão resolve todas as coisas. Portanto, se fostes descuidado, o que quer dizer este descuido? Será que terás para ti mesmo uma águia que tirará de ti um chapéu de bobo? Ou será que o chapéu de bobo está na águia, e tu retirarás dela o que lha impede voar? O livro, fora das tuas mãos, ainda está neste mesmo mundo a que tu chamas casa. Ele não pode ter desaparecido, portanto. E ele é teu.

Saúda agora ao teu irmão que está com teu livro em mãos. Diz-lhe que cuide bem dele, e reza para que o proveito que teu irmão tire deste livro seja tanto para ele como foi para ti. E aguarda que a tua vontade e a dele, que são apenas uma, se realize.

Lembremos, então, agora, das regras para decisões que estudastes recentemente.

Se quiseres ter o teu dia como queiras, deves seguir os passos do inicio do cap. 30: Um Novo Começo. Como fazes isso? Primeiro, pensa, logo amanhã cedo, quando acordares, no dia que queres. Se queres um dia feliz, pensa nisso. Se queres harmonia, tranqüilidade, se quiseres paciência, acorda pensando nisso. Então, lembras que se não tomares nenhuma decisão por tua conta, será esse o dia que terás. Tenta fazê-lo. Lembra-te do exercício do livro que estás a fazer. Foi te dito no tal livro que perdeste que não precisarias de palavras para a prática do exercício de hoje, que me conta sendo o de nº 362. Fica contente então que tenha sido hoje esse incidente. E não tomes decisões por tua conta, como o fazes agora. A única coisa garantida é a tua paz. Isso não será para ti suficiente?

Se, no entanto, resolveres por tua própria conta conseguir o que queres, lembra que podes esquecer o que decidir, e depois lembra que podes perguntar outro modo de se ver isso. Pronto. Aqui estão os meios para teu dia de amanhã. Decide a teu favor esquecendo quem és, o que fazes, e para onde estás a ir. Se esqueces disto, estarás lembrando Daquele Que sabe o Caminho, e estarás mais seguro do que imaginas agora.

O milagre não é a devolução de teu livro, mas o Livro em Ti!

Amém.


.