“Lembra-te que a ênfase que ele [o ego] coloca
na culpa
lhe permite assegurar a própria
continuidade,
fazendo com que o futuro seja como o
passado
e assim evitando o presente.”
(Texto: Cap. 13 , IV , 4:3)
Pergunta: Por que é dito no
UCEM que o ego quer que o passado seja igual ao futuro?
Resposta: porque a
experiência do presente para ele é insuportável. Ele quer que o próprio tempo
se estenda como um contínuo que não revela nenhuma forma de instante, a não ser
que possa ser entendido como um momento em que se tem alguma sensação ou
percepção envolvendo o corpo. Sendo desta forma, o tempo será o que ele quer
fazer dele, estando preferencialmente atrelado a algum tipo de empenho no
sucesso ou fracasso. Certamente, não haverá diferenças entre passado e futuro,
pois o que é contínuo não pode conter nenhum intervalo, a não ser que o corpo queira alternar-se como bem ou mal sucedido em relação ao futuro ou ao passado.
Por
outro lado, o instante santo não é um intervalo. Ele não está atrelado à
percepção e por conta disso é invariável. Ele é o mesmo, e o futuro aparece
no instante santo como o mesmo instante sempre, estendido a partir do presente.
Para o ego, há este instante e instantes subsequentes, onde as imagens se
sucedem em intervalos regulares a que chamas tempo. No instante santo, o tempo
é suprimido em favor da sabedoria, e não é percebido como uma dinâmica que favorece a
continuidade das imagens. Por isso se diz que, às vésperas da revelação, um
período de certa desorientação pode de fato acontecer. Mas também se diz que
não ficarás sem um quadro de referências. O UCEM relembra que sem o ego, tudo
seria amor.
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