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Fantasias são tentativas do ego de distrair a mente com imagens que empreendem glórias ou temerosidades ilusórias. Uma boa mostra de fantasias se dá mediante a tentativa de socorro indevido ao conceito de partilhar. Dizemos “socorro” por conta da ideia constante em toda a fantasia de divulgar um apoio desesperado. Portanto, a fantasia é o “apoio” que o ego dá à mente em termos de sugestão de imagens. Os desejos são apenas pedidos do ego transmutados em vontades que se tornam manifestas em imagens ou nas formas de iludir do próprio pensamento. Algumas racionalizações, por exemplo, podem acusar o indivíduo em termos muito claros, lhe dizendo de erros, acusando seus equívocos, rememorando deslizes ou necessidades de reparar a vida etc. Todas estas formas visam implementar a culpa. Outras, no entanto, são fantasias sobre exaltação, que indicam geralmente uma falta, para logo após induzir o indivíduo a acreditar que será “realmente grande” quando tiver alcançado alguma meta estabelecida pelo próprio ego. Estas metas podem ser muito variadas em suas formas, mas são apenas uma em nulidade. Tanto faz ser o “grande qualquer coisa” quanto o “menor pobre coitado de todos”. No fim, é tudo a vaidade se escorando em augúrios da escassez, que aponta para o futuro, quando serás melhor, pois terás o que te falta. Assim, formam-se imagens ou pensamentos que indicam um empenho na projeção e na percepção errada, pois a imagem da fantasia hipostasiada procura uma pessoa ou um objeto (um prêmio, status etc.) para aderir como meta. Assim, a ilusão se constrói, e o indivíduo acredita que precisa chegar lá, sendo este “lá” apenas um ponto de vista do ego daquilo que és. Por isso se diz no Manual dos Professores do Curso em Milagres que uma das maiores dificuldades do aprendiz diz respeito a uma sensação inicial de perda; e isto se dá por conta do aprendiz não compreender que está apenas abandonando as metas do ego, por muito tempo valorizadas, e assim tomadas como algo que se está “perdendo”, como os famosos “sonhos”, no sentido de metas, aos quais se deixa de empenhar esforços. Portanto, a fantasia apenas aponta para o falso, e sobrevaloriza a imaginação através da mente errada, projetando imagens e pensamentos que indicam ilusões. Lembremo-nos da décima quinta lição do Livro de Exercícios: “Meus pensamentos são imagens que eu fiz”.
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