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O amor não é uma teoria. Não visa o cumprimento de uma meta específica, definida, que se estabelece através de conceitos.
Agora, não queremos mais saber de conceitos.
Portanto, o amor figura como qualidade única da vida. O amor é a perfeição da gentileza e abrange a caridade, pois a caridade ainda vê diferenças em níveis. O amor considera que todos são o mesmo, que é impossível estares em vontade disposta ao teu ser pelo que consideras temível em teus atos culposos, pois isso não é outra coisa a não ser teu ego ditando contrários. Não és o contrário de ti mesmo. És amor, és vida, és alegria, és a esperança embevecida em saber que, embora não estejas vivendo assim, és assim. O descortinar do ego demonstra claramente sua insanidade. Não tardarás a fazer a escolha óbvia pela mente certa. Todos os conceitos se tornam óbvios perante o amor. O amor encarece as relações ao peso do ouro puro. O instante santo haverá de ser a única coisa que existe, e quando perceberes que já é assim, a felicidade mal caberá em teu corpo, que passará a ser apenas o teu lápis de cor, função de desenhar a Cristo em teu irmão.
Liberdade é tudo a que o teu amor almeja. Sorrir é danoso para o ego. Mas o Filho de Deus que conhece a si mesmo e aos seus irmãos sabe que nenhum tipo de alegria pode suprimir o sorriso. O ego simula o abrir da boca como sorriso, ao que adiciona gestos tresloucados de expansão, e a isso chama alegria. A alegria do amor é tão serena quanto dois rios marulhando seus caminhos lentos, cheios de vida, em direção ao mar: mais de muita vida. Assim, o sorriso abrange a caminhada entre o gesto e o conteúdo do sorriso mesmo. O significado de sorrir é amar, não ser cordial. O amor abrange a caridade e a cordialidade, pois o amor não se constrói, não é polido. O amor não transige com conveniências. Ele apenas ama, é só isso o que ele sempre faz.
O amor gosta de ver as pessoas felizes, pois ele mesmo estende a felicidade para participar da vida verdadeira. Mas o amor não simula vontades de querer isso ou aquilo para ser feliz. O amor não supõe condicional. O ego acredita em condicionais. Mas o ego é nada, sabe nada, é uma coisa que ainda se vai ter muito entojo engulho de se livrar dela. Assim, virá o amor, que nada sabe sobre entojo engulho, que a tudo vê com o olhar da verdadeira caridade, que é a união. O amor abrange seus conceitos de opostos através de um estado indiferenciado. Ele não dorme, não espera, não se esteia em esperanças. Ele é a certeza plena de que tudo está perfeito tal como Deus criou. O amor não desespera com a aparência das coisas. O amor vive para o que é, não para especulações. O amor vê o irmão entre o inspirar e o expirar de seu existir. O amor não treme mediante sua ocorrência em outro si, que vê caminhadas compartilhadas, mas o amor torna o indivíduo nervoso quando é inconsciente. O amor, frio na barriga, é ainda não saber o que o amor é; é ter medo Dele; mas, ainda assim, estendido, o amor abençoa os sonhos nossos de quem estamos dormindo ainda. Assim, o amor sugere a bondade que o ego não trará jamais. Estendendo o amor, aquele que ainda não o conhece o diferencia, até perceber que o amor é macio, generoso, bondoso, de feliz, de tão feliz ficará, que jamais atuará no áspero caminho novamente ——— e terá muito entojo dele.
O amor repugna apenas o que é o seu contrário, mas até o ato de o amor repugnar o seu contrário é um ato de amor. Em busca da harmonia, o amor não quer abranger a totalidade, e sim unir, transcender o que é dois em pólos que deslizam para o mar, de dois que viram um, os rios. A mesma água é o amor. Assim, figurativamente escolhes vida, pois o mar é o lugar da vida que pulsa em todo planeta, em si e por conta de si. Toda caminhada vai ao mar, pois o mar é a vida.
Assim, elegemos o amor. Consolo é ficar por aqui felizes em bonitas flores de companhia e harmonia entre todos. Por um tempo, um mínimo tempo, serás tentado ao que não se diz. Mas não terás sucesso invertido. Deus é tudo, o Espírito Santo vos guarda, apóia e, assim, aos poucos, tu te enojas das coisas sujas, aos poucos escolhes outra vez, aprendes a te ver leve, suave, e na quaresma de tua passagem definitivamente abandonas o teu ego para o viver feliz em Deus, que espera por ti e te trará como esteio de tua vida o Amor. E assim, amados, traremos conosco tantos, tantos, que peço pelo fim do mundo da separação e o esteio do real, se apreciando em todos, os amados, os amores e a extensão do sempre pelo ato de existir em Deus. Amém.
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"Indaguei a mente", de Otto.
É Belo saber que o Amor é quem nos conduz sempre... Amar o Amor é, portanto, estendê-Lo ainda mais, e demorar na certeza de que Tudo já está Aqui.
ResponderExcluirInspiradíssimo texto.
Um grande abraço do seu amigo Vítor.