Gostaria de saber:
1.
Por que é dito que somos uma ideia;
2.
Como se
faz a escolha correta.
Quem sabe o
que significa a escolha correta não precisará desta resposta. Portanto, tu que
perguntas, o que buscas entender? De que queres te aproximar? Será que uma
resposta conseguirá aplacar tua total comoção mediante os significados? Será que
há algum tipo de suficiência para ti neste mundo separado, algo como uma
resposta, ou “a resposta”?
Se for isso
que estás buscando, procuras a resposta errada no lugar certo, e isso é uma
confusão de termos e dos meios. Não há um lugar certo ou uma resposta exata para
o que és. Se perguntas, é porque não sabes. E isso é a única coisa que agora
pode ser dita com certeza.
Como se faz,
então, a experiência de entrega total. Mediante um completo entregar-se ao que
é, como se diz no Curso e em todas as palavras sábias derivadas Deste ou de Outro
meio santo. Entregar-se é apenas estar em si, sob os aspectos não discutíveis
da graça. Quem encontra em si algum tipo de morte ou domínio apostólico derivado
do sonho de dominar, alcança meramente um formato que surpreende pela sua força
na mente daquele que sonha com estas coisas. A “entrega” a este tipo de “dominação”
somente pode ocorrer mediante o medo, pois o medo traz para o espectador do
sonho uma “lógica” na qual o ataque passa a ser a vontade de entrega. Isso é
loucura, obviamente.
Não é possível
que tenhas sobre ti mesmo algum controle que não te seja “dado”. Assim, mesmo
que penses que estás no comando, que estás dirigindo, estás apenas “entregando”
teu meio corpóreo Àquele Que te conduz à Deus ou ao teu ego, conforme construístes
para este fim, este, divulgando em sua epidemia de satisfações uma
possibilidade sempre fugidia, tal qual fosse o ego o mesmo que Tântalo, embora
seja ainda mais insano, pois o isolamento de Tântalo não se repudiava aos
outros através do ataque.
Quem é então
que faz a entrega; que permite a entrega? Esta pergunta, em si mesma, já é um
paradoxo. Portanto, se perguntas o que é a entrega, ou como se a faz, perguntas
o que apenas pode ser respondido por um paradoxo, como o mito de Tântalo ou de acordo
com o que pensas sobre não seres o que és,
o que é outro paradoxo; embora neste último estejas imbricado e precisando de
ajuda para sair dele.
A entrega se
faz mediante a graça, e sobre a graça não podemos falar, posto não haja
palavras para isto. “Palavras são símbolos de símbolos”, e possuem em si o
poder mágico de inferir. A linguagem em si não tem significado na graça, pois
ela “some” ou desfaz-se. Englobando a mensagem em envelopes, posto ser limitada,
a linguagem é em si mesmo este limite, e se perguntas através das palavras como
se faz a entrega, isto é um erro, pois buscas através do meio insuficiente o
exame do suficiente. Isto é impossível.
No entanto, a
entrega pode ser auxiliada pela linguagem através do fornecimento dos meios.
Veja bem: a linguagem não pode ser o meio em si, mas através dela pode ser
divulgado o meio para se atingir o estado ao qual permites que a graça venha, e
para isto não precisas de nada; basta estudares o Curso e praticar os
exercícios, ainda mais em conformidade com o teu empenho genuíno em estares pronto
e divulgado, sendo a si mesmo por inteiro, nas experiências, conforme seja o
lugar ideal para entenderes a tua pergunta.
Se vires a um
irmão, seja tu irmão deste irmão. É muito simples, mas no começo parece
difícil. A entrega virá para ti que não julgas. Não desejas nada de teu irmão:
nem sua palavra, nem seu empenho, nem seu corpo; o que queres do teu irmão é
apenas o que Ele É contigo, conforme foram criados, e isto é reconhecimento.
Assim, esta resposta é satisfeita.
Sobre seres
uma ideia, esta é uma imagem simples de um fenômeno que criastes, mas não te lembras.
O mundo, quando foi criado, estava imerso em uma fenomenologia típica, na qual
suas imagens não poderiam “tri dimensionar-se”. A evolução da consciência ao fenômeno
da dimensão criou o tempo, e assim, a separação criou os intervalos entre os
corpos e os corpos se submeteram à separação, à contagem e ao tempo. Desde
então, a Resposta dada tem sido paulatinamente aceita, visto que será sempre aceita,
pois foi dada por Deus. O que se acredita ser “evolução” das ideias é meramente
o desejo de compreender através da própria consciência que ela foi um erro, um
equívoco, e que é possível ser corrigida e retornar ao estado natural,
abstrato, conforme se diz no Curso.
O que a
consciência então? É meramente o instrumento que inventaste para dirigir “para
fora” as tuas ideias de separação. Com ela, podes “jogar” com as ilusões,
compreendendo-as, dando-lhes os nomes que criastes, formulando temas e
adequando outras formas, as quais imaginas que, pelo séculos que sofres, estás “evoluindo-as”.
Tudo tolice. Não há evolução nas ideias, apenas manipulação das formas, e se
achas que um computador é uma grande evolução desde as pedras, apenas te
ativeste à noção de conforto como prerrogativa básica de tua prisão. Assim,
agora podes dizer: “está melhor que antes”;
e isto é um limite, e não uma evolução, embora o mundo jamais aceite uma
opinião assim.
Obviamente, o
mundo é o contrário do Céu. O Céu não evolui. Tudo lá já é perfeito, e se
pensas que este mundo caminha para o “estado de Céu” através da evolução das
suas formas, estás totalmente enganado. Se pensas, no entanto, conforme gostarias,
que as palavras de Hermes Trismegistos sobre o que está em cima ser como o que está embaixo estão associadas à
forma, estás enganado. O que está acima (a luz) é como o que está embaixo (a
escuridão). A luz, portanto, trazida às trevas, revela apenas o que está
obscurecido (a essência), mas são ambas ilusões. No entanto, jamais conseguirás
levar escuridão à luz.
Luz e trevas são
metáforas, figuras de linguagem, ambos se elidem na presença da luz, que é o único
elemento verdadeiro a permitir a graça. Porém, além da luz e da escuridão, está
o Céu, donde a ideia de luz e escuridão é inconcebível.
Então, quem é
André Sena? Essa coisa monstruosa a que deste nome não pode ser além do que és.
No entanto, tu és amado, e mesmo conforme identificado neste corpo, serás amado
pelo reconhecimento do que és. A ideia de um nascimento, vida e morte é um
conto da carochinha, um mito, uma historia que criastes! Como não te
identificares com isto sem acreditares que és irreal? Passas a ser uma
historia, uma lenda, e para forçar a tua noção de existência, precisas de
coisas, de mais, para provar que a historia continua, mas ela não existe, filho
Meu.
Assim, quando
é dito para ti que és uma ideia, o que se quer dizer é que uma ideia não pode
abranger a si mesma. A ideia é meramente um uso, uma “apropriação” que fazes de
teu ser enquanto um “tema”, e te aproprias disto para teres uma ilusão de
existência. Quem é a ideia? Esta resposta também é impossível, e a pergunta
também é um paradoxo.
Uma ideia não
pode ter forma. Ela não está de modo algum associada a alguma forma. Ela pode
ser projetada, mas não pode ser “lançada fora”. Portanto, na mente de Deus, há
a ideia de tua criação conforme és. Isto é tudo o que pode ser dito sem trazer
ainda mais confusão à tua mente. Mesmo porque não há segredos sobre isto, mais
palavras apenas confundirão a tua mente aturdida e preocupada com respostas.
Então, para
que em breve possas compreender através da experiência o que perguntas, lembra
que és amor, e que somente podes ensinar amor, pois isto é o que tu és. A ideia
do amor não pode ser apreendida, nem mesmo suposta através de comparações. Mas podes
simplesmente atrair o amor a Si Mesmo através do ato de amar, e entenderás que
uma ideia não precisa de formas para Ser.
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Gratidão querido pelos seus textos, adorei o blog!
ResponderExcluirAbraço carinhoso, Ariana.
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