A
ausência de metas não é o pressuposto básico da salvação, mas virá com a salvação. Cada vez que o filho de
Deus esquece-se de si para supor a si, a sua imagem torna-se plausível em
compreensão, pois ele tem agora em sua mensagem de divulgação do medo a
possibilidade do “temor em corpos”. Obviamente, cada vez que um suposto
arraigamento do ser em imagem se associa ao contexto do corpo, o que apraz em
imagens se refaz em sensações. Portanto, a meta que será dirigida ocorrerá
mediante um contexto em investimento em tais sensações.
Toda
meta é um investimento. Se a escassez apropria ao investimento uma doação
calibrada, então a doação estabelece o ganho. Como isso ocorre? Pois bem:
digamos que uma suposição de corpo está associada a um ego conforme ser humano.
Este ser humano apropria sua colocação em corpos em uma estrutura da mente em
formas, que são os pensamentos humanos. O corpo humano tem pensamentos humanos.
A mente, portanto, é humana. Este raciocínio está atrelado ao contexto da
divulgação do mesmo em partes. O mesmo não pode ser dividido. Se a mesma mente
está em dois corpos, então os corpos não podem separar a mente. A única coisa
que pode ser adicionada, então, será adicionada aos corpos. Se acreditas que és
o corpo, então o pensamento em separação sobre os corpos será divulgado como
verdadeiro.
Então,
como a meta e a doação se equilibram em tal contexto? A meta seria suposta, em
enleio, pois para vir ao corpo ela precisa ser separada deste mesmo corpo.
Qualquer coisa serve como meta, desde que venha depois. A mente passa a ser
o divulgador voluntário do amor em corpos, pois ela está presa a um corpo e
tudo o que pode assimilar são pensamentos humanos. A crença virá como o
substituto do pensamento abrangente, que não está divulgado pela mente única,
mas pela “mente humana”, que são os pensamentos.
A
mente não pode ser diferenciada. Cada equívoco que é pressuposto pela mente
humana desfaz o que o pensamento único assere como verdadeiro. Cada pensamento
em separado perfaz o caminho da diretividade. O pensamento separado aprova o
comportamento unívoco e distinto, como a personalidade, e se refaz mediante
divulgações de seu pressuposto orgânico como fonte de si mesmo. A mente diz:
penso, logo existo; e o centro desta existência é o corpo.
O
caminho em direção a Cristo é a única meta viável. Não existe outra senão essa.
Tu perguntas se as metas que virão ao desperto serão sem objetivo. Nada que vem
de Deus é sem propósito. No entanto, a total abstração proverá ao desperto a
sensação de estar sem destino, pois ele não mais elabora o seu futuro. A Mente
Unificada simplesmente o apresenta às suas direções conforme sendo estas a
distinção da sua cura em imagens. Aquilo a que se chama “meta” somente faz
sentido para aquele que acredita em objetividade, em um mundo feito de imagens.
A
meta que se faz diferença é apenas uma custódia referente ao propósito que
desfez. Uma coisa em oposição a outra não é uma meta para o desperto. Segundo o
que se apresenta em imagens sendo o agora de sua mente, o que é a meta em
oposição, senão uma oposição a outro pensamento em imagens? Portanto, o
desperto apenas evoca ao tempo aquilo que é necessário para apreender neste
mundo seus pensamentos certos. Assim, seu destino é “certificado” para ele.
Viver
em um mundo sem metas é o propósito do Curso, mas não é uma ausência de
propósito. Aquele que se lembrou de Deus vive uma vida plena de significado.
Ele não altera sua dignidade em estar “abobalhado”. Obviamente, o desperto
parece até inútil, pois para os propósitos do ego o desperto é inútil. Isso não
significa dizer que uma pessoa aparece a outra como corpo e não tem função.
Mesmo aqueles que não estão despertos podem aderir a si mesmos a lembrança do
amor através de representações de imagens em amor. A amizade e o companheirismo,
a confiança, a caridade e o bem-querer são acepções de cura que abrangem
diferenças em níveis, mas associam àquilo que é certo uma sugestão em imagens,
que podem ser os amigos, os vizinhos, os parentes etc.
Portanto,
viver em um mundo sem metas é o mesmo que admitir que o propósito de Deus seja
válido e verdadeiro. Isso assume para ti um substituto ao pensamento de humano
como conceito. Verdade é que a salvação não vem de nenhuma imagem. Isso já
seria suficiente para admitires que nada que assuma forma pode salvar. Mas a
ausência de metas não pressupõe desordem de maneira alguma. E ainda trará
consigo o Amor e o significado.
Supor
uma meta somente pode trazer dor. A meta se divide em termos de tempo como uma
tentativa de consecução. A cada ponto no qual a meta alega “se aproximar”, o
julgamento apropria formas diferentes de associar a meta ao futuro. Portanto,
pode-se falar inclusive em aprimorar a meta. Isto não está bem próximo ao que é
dito no UCEM sobre aperfeiçoar o que é perfeito?
Saiba
que o destino não é previsível, pois ele não se atém em memória como uma
evocação virtuosa. Algo ao que se reporte no passado para gerir um futuro
arrogante, repetido. A meta em reprodução é o evento em inveja que dilui o
propósito em reluzentes formas divididas, que prenunciam mais. A meta do ego
sempre divide. Está-se sempre a procurar um evento unificador na divisão do
tempo em metas. Isso não pode ser realizado.
Para
tanto, a única meta passível de realização é uma entrega total, resoluta, que
empenhe em favor do amor uma perfeita acepção do mesmo como factível, até que
venha a ser revelado. Enquanto a meta propriamente dita não puder ser
realizada, a ausência de defesas reacende um propósito em favor das imagens
como reflexos de pensamentos reais. Tal propósito empenha em favor da direção
significativa. Apenas atribuir amor ao que sonha em amor não é real. Mas amar
verdadeiramente sem defesas resgata para si a consciência do amor.
Pai,
segundo o nosso empenho em devoção, pedimos novamente a Tua Graça. Queremos
despertar em Ti para a glória de Teu nome em todos os nossos irmãos, para
cumprirmos Tua Meta como nossa e para que o propósito da vida em significado se
estenda em nosso aparentar em corpos. Assim, ansiamos em ajudar a todos os
nossos irmãos e estender o Amor, conforme seja Tua Vontade, amém.
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