terça-feira, 20 de abril de 2021

Sobre a mentira

                



             A poeta Cecília Meireles escreveu certa vez em suas Crônicas Sobre Educação (não lembro exatamente em qual texto, pois cito de memória), que no dia em que a criança aprende que pode dizer “não” no lugar de “sim”, instaura-se aí um aprendizado doentio. Não está escrito exatamente assim, tampouco acho que o adjetivo usado por ela tenha sido “doentio” (embora faça todo o sentido), mas a poeta fala no texto do lugar que a mentira ocupa ao substituir a verdade por uma noção crível, além das consequências nefastas de tal ato, que podem ser reconduzidas, segundo ela, pela educação.  

          O mentiroso tenta alocar a todo custo uma interpretação desviada buscando ajustar à força seu pensamento ao mundo e às pessoas ao seu redor . De repente, onde era para dizer “sim”, ele diz “não”, e faz com que o outro acredite em “não”. Mas você não vai conseguir mentir para a verdade de modo algum; sequer manter-se nesta estratégia durante muito tempo, ainda mais se estiver diante daqueles que acreditam na verdade. Uma hora ou outra, você vai começar a passar vergonha, o castelo vai cair, o rei vai tombar e tudo o que foi projetado como mentira será para sempre arruinado ou substituído por uma tentativa de novos ajustamentos, ainda sob a tentativa de tentar fazer prevalecer uma noção particular. No entanto, como você poderia mentir para uma mente única? Isso é completamente impossível, por definição, pois o caminho da verdade prevalece por acatar as premissas de "publicidade" de uma mente única. 

                Uma vez ouvi uma história acerca de certa crença em vigor entre os evangélicos - notadamente entre as camadas mais populares - de que Jesus iria contar (narrar) todos os pecados da pessoa de cima do telhado dela. Não sei qual a fonte desta história, nem mesmo se ela é verdadeira. Mas tomando-a como simbólica, acho que faz todo sentido. Esta história traz consigo a ideia de "publicidade" da mente única. Claro que o contexto atemorizante dela e o ridículo da imagem vêm de uma concepção temerosa acerca da verdade, pois tal advertência, assim colocada, faz pairar sobre o ouvinte a ameaça de um Jesus delator. E a noção de pecado ali presente também faz com que a cena se torne bastante cômica: Jesus, no telhado, relatando os pecados de alguém. Isso não faz nenhum sentido literal.

               Mas tomemos a história como uma referência simbólica para nosso raciocínio sobre mentiras. Jesus seria a Mente Única, o telhado seria a parte superior da sua mente, acima de sua morada (ou da morada de seu corpo, se preferir). Isso significa que tudo o que você fizer não pode ser escondido de Jesus, não porque ele vai dar publicidade ao seu "segredo" de maneira vingativa, mas pelo simples fato de uma mente única ser ciente de tudo. Isso tampouco me parece dizer que tudo o que for feito aqui neste mundo separado virá a público (quem dera todas as falcatruas de corrupção do mundo viessem a público tão facilmente), mas tal história me faz lembrar um ditado bastante conhecido, que diz: "um homem pode até mesmo fugir, mas não pode se esconder". 

             O Curso também fala sobre isso. É dito que "a condição necessária para o instante santo não requer que não tenhas nenhum pensamento que não seja puro. Mas requer que não tenhas nenhum que queiras guardar." (T-15. IV. 9: 1:2). A história de Jesus sobre o telhado dando publicidade de nossos "pecados" representa, embora de maneira um pouco tosca, a natureza totalmente inclusiva e abrangente do instante santo. Quando a conversa for verdadeira, é preciso que haja verdade; e os contatos realmente íntegros com teus irmãos, isto é, os encontros santos, precisam desta disponibilidade. 

            Isso não significa em absoluto que você deveria pegar por si mesmo os seus malfeitos e dar publicidade deles para o mundo. O milagre não cabe a você e não seria certo substituir o papel de Jesus, mesmo em uma história tão ruim como aquela. Ser sincero e transparente tem muito pouco a ver com confissões  pessoais profundas. Tampouco "não querer guardar nada" significa "dar publicidade a tudo". No entanto, acho que podemos entender o sentido claro do que quero dizer com este exemplo: mesmo se Jesus vier em cima do telhado falar das coisas que você fez ou faz, você não se importaria com isso. Pode ser que tal coisa lhe causasse incômodo por algum tempo, mas isso é tudo. Isso é ser transparente. Se o que você fez cabe dentro da moral ou não, isso é outra história e outra discussão. As coisas que se faz no mundo não tem consequências reais, decerto; mas são sentidas no corpo e na existência como se fossem reais. Portanto, mesmo diante de tudo isto, alguma sabedoria de vida pode lhe cair bem.  
    
Moinho de vento
    Contudo, nem toda a sabedoria de vida que o mundo coletou no decorrer dos tempos poderá evitar sua tentativa de adorar ídolos. A adoração de ídolos surge desta acepção da mentira: a percepção pode me satisfazer de alguma forma, e tanto melhor quanto eu puder obter controle dela através de ajustamentos. Neste sentido, ser desmascarado é muito bom. Refaz a confiança em que a verdade sempre prevalece diante de critérios assumidos como valiosos. E quais critérios são estes, senão uma tentativa mais ou menos concludente acerca da nossa vontade como filial ao medo e à tentativa de escapar dele a qualquer custo, ajustando os acontecimentos?

Todos mentimos, se pensarmos neste conceito como uma ilusão voluntária a qual nos entregamos para estar aqui. No entanto, há aqueles que preferem mentir ainda diante da ilusão. Para estes, haverá muito sofrimento arraigado e a correção pode demorar mais a chegar, por conta da mente aturdida e crente em ajustamentos. Por outro lado, é possível a correção diante do abandono das tentativas egóicas de ajustamento. O ego não aceita que as coisas aconteçam confiante na verdade. Ele não aceita que você possa dizer: “o mundo que eu vejo não contém nada do que eu quero”. Assim, surgem os ídolos. E você vai criar ajustamentos para chegar até um ponto determinado pelo ego como aquele que ele acha melhor. Assim, tudo se refaz com um intuito indigno, mas tão ilusório quanto qualquer outro, embora o sofrimento por conta destas coisas seja um adicional dispensável, não é verdade?

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Sobre os sistemas de pensamento, neutralidade e vacinas.


 Um pensamento é uma imagem que a mente faz. A imagem pode ser bastante concreta, como pensar em uma montanha, por exemplo; ou abstrata, tal qual acontece quando se pensa em uma palavra como “democracia”.

Como temos muitos pensamentos, aqueles que são afins tendem a se agrupar na mente e formar um sistema.  Assim, um sistema de pensamento crente em sofrimento vai criar um sistema baseado em sofrimento. Por outro lado, pensamentos de amor se agrupam por afinidade e estendem um mundo amoroso. Portanto, todos os sistemas validam aquilo que valorizam. O melhor modo de associar aquilo que se pensa ao que se quer é estabelecido pela vontade do pensador em valorizar pensamentos certos. Se um pensamento equivocado for sobrevalorizado, certamente ele vai gerar culpa. A culpa projeta medo, e assim forma-se uma engrenagem de disfunção que se estabelece no mundo como miséria, dor e morte. Como dissemos, tais pensamentos podem ser concretos ou não. Então a forma como tais disfunções podem aparecer no mundo também acompanham uma concretude específica ou simbólica.

A nossa única responsabilidade, portanto, vigora em nosso modo de pensar. Qual sistema de pensamento você valoriza? Quais ideias você busca associar entre si? Não é de se espantar que uma mente devotada ao medo tenha arraigado uma aversão ao mundo, geralmente julgando-o como ameaçador. Então, em uma tentativa de ajustamentos, surge uma compulsão em mudar o mundo. E com isso há uma inversão de efeito e causa.

O mundo não é causa de coisa alguma. O mundo é uma conjugação perfeita de seu modo de pensar. Pode ser difícil acreditar que seja assim, pois em uma época de pandemia, por exemplo, parece que a causa das misérias, dores e mortes surge diante de um cenário lá fora, que não tem nada a ver com o meu modo de pensar. No entanto, o mundo é uma projeção coletiva. Uma pandemia é uma oportunidade comum de se perceber a necessidade da própria humanidade em mudar a forma de pensar.

Mesmo assim, pode ser que alguém muito devotado ao sofrimento acredite que cabe a si mesmo promover esta alteração. Isso somente poderia acontecer a um professor de Deus, pois seus próprios pensamentos associariam distinções corretas. Explico melhor: uma pessoa pode acreditar em soluções mágicas e colocar a si mesmo em defesa da vacinação da população. Isto não está associado a nenhum erro, pois já vimos no livro texto que neste momento da história estamos muito crentes em soluções mágicas. No entanto, se você acredita na vacina como uma extensão de seu desejo pela cura, isso pode levar você até mesmo a um trabalho voluntário nesta direção. Mas se você pensa na vacina como um componente político de uma grande conspiração, isso pode fazer com que, para seu mundo, a vacina seja vista como miséria, dor e morte. No entanto, é a mesma coisa, pois a vacina em si mesma é neutra. Mas serve como suporte simbólico para a cura ou para o medo.

Sistemas de pensamento
são totens
Neste mundo, nada é garantia de nada, pois nada que venha de fora pode afetar o Filho de Deus. Isso pode nos levar a seguinte pergunta: posso julgar uma imagem tida para ti como amorosa como sendo de desamor? Ora, quantas confusões não acontecem neste mundo por equívocos de interpretação? E por ingenuidade alguém pode se tornar bastante tolo em certas ocasiões. Isso está escrito no Livro Texto como uma advertência à impossibilidade do julgamento em estabelecer a verdade, pois a verdade não está lá fora. Tudo o que vemos como concreto é na verdade bastante abstrato, mas toma a forma de eventos e situações reais. Tudo é uma ideia, e ideias são abstrações. Para que o mundo mude verdadeiramente, a humanidade precisa aprender a valorizar pensamentos certos, que geram ideias certas e se associam em sistemas de pensamentos certos. Para isso, há ajuda.

O sistema de pensamento da mente certa é dado. Não é preciso fazer nada para ter para si pensamentos corretos. A única coisa que se precisa “fazer” é sair do caminho. Mas por sobrevalorizar ajustamentos, o ego fornece soluções sob a forma de planejamentos. Jesus dizia: seja como o vento, que sopra onde quer e ninguém sabe para onde vai e nem de onde vem. A vida verdadeiramente proveitosa não pode ser uma vida de planejamentos. A única alegria possível nesta vida surge justamente de não saber o que virá. Mas se o sistema de pensamento que você valoriza está sendo dado pela mente certa, certamente um novo critério de proveito virá para ti sob a forma de surpresas felizes.

“Pelos seus frutos, os reconhecereis”. Eis aí uma garantia. Quando valorizas a mente certa, o mundo passa a ser a extensão de um critério de valor verdadeiro, e é feliz. Não quer dizer que isso seja fácil, pois neste momento da história o sacolejo de ideias erradas e pensamentos de ajustamento parecem prevalecer. No entanto, nada pode impedir o Filho de Deus de experimentar a felicidade, caso ele realmente valorize os pensamentos de Deus. Para isso, uma ferramenta excelente é o perdão.

Se nada é garantia de nada neste mundo material, então qual o sentido em julgá-lo? Julgamos porque queremos validar nossos ajustamentos. Uma crença fortemente atribuída a um contexto específico pede por soluções específicas, mesmo que tais soluções sejam insanas. O mundo é neutro, nada pode ser mais específico do que isto. Assim, o perdão surge da consciência de tal neutralidade e da perfeita abstração de tudo, pois tudo, como já dissemos, é uma ideia.

Teu irmão vivendo em um corpo é uma metáfora. Ele pode valorizar pensamentos insanos em certas ocasiões, mas isto ainda assim é uma metáfora do Que ele realmente É. Não perdoamos ao nosso irmão porque somos bonzinhos, perdoamos suas atitudes em corpo porque não são reais. O perdão é a concretização desta verdade: o mundo perceptível não é real. Mas assim como um bom filme feito com atores que interpretam papéis em uma tela de cinema pode te divertir e até mesmo instruir, o teu irmão em sua mente certa pode ser para ti uma dádiva neste filme chamado “tua vida”.

Seria um pouco tolo se durante um filme você julgasse um personagem como um sujeito mal e depois atacasse o ator caso o encontrasse posteriormente em um supermercado. No entanto, tais coisas acontecem com muita frequência. Por que isso é assim? Por falta de compreensão do que é o perdão, pois não importa se você julga seu irmão pelo filme que é a metáfora da vida dele ou pelo filme que ele interpretou no cinema. Tudo está se passando dentro da sua cabeça, por assim dizer, devido a uma forte crença na realidade exterior como não-neutra.

Por isso devemos ser responsáveis por nossos pensamentos. Às vezes um chavão pode conter uma verdade: quer mudar o mundo? Mude sua forma de pensar sobre o mundo. Sozinho não podes. Peça ao Espírito Santo para lhe ajudar e lembre-se desta advertência do Curso: uma mente sem treino nada pode realizar. Sugiro o seguinte treinamento: abra o livro de exercícios no índice e leia em sequência os títulos das cinquentas primeiras lições como se fosse uma oração. Isto certamente vai te ajudar a lembrar melhor. 

domingo, 31 de janeiro de 2021

Sobre a culpa

 


A culpa não advoga por ninguém. Ela somente visa manter preso aquele que aparenta estar em dívida com ilusões. É certo que esse mundo pode te colocar em uma aparência de vida bastante desastrosa e isso pode mesmo vir a ser limitador aqui; mas mesmo que as coisas se deem desta forma, a culpa ainda será um adicional desnecessário.

Mas podes argumentar que não parece ser assim. A culpa, neste mundo, se assemelha a uma espécie de “autojustiça”, a qual um se propõe para dizer que errou e não deveria ter sido assim, nem feito assim, que a memória de tudo pode ser esquecida, mas os atos estarão sempre aí; que de qualquer forma que seja, a reputação de um homem etc. Tudo martírio ao Filho de Deus, pois a culpa não quer saldar a dívida, ela quer eternizar o erro. Um homem pode cometer um crime, pagar seus anos e jamais ter sua mente em paz novamente, caso esteja atrelado à culpa como um miserável pecador, que se viu no erro eterno, na danação sem escapatória, na memória ressaltada do equívoco, e novamente dizemos: etc, pois é tudo a mesma tolice.

Vai lá e paga tua conta, e eis tudo! De que te vale tua reputação em um sonho? Se puderes fazer algo para mexer teu espectro-corpo com honra, faz isso: não te mete com o que não faz sentido, ou seja, anda onde o “se você deixar o coração bater sem medo” haja. É só perceber o que está à tua frente sem medo. Essa imagem-agora que acontece é a única coisa que existe. Tua “honra” em relação ao brilho limpo e imaginário transitando entre estas coisas não passa de uma abstração idiota. Lembra sempre que deserto é lugar para se fugir de lá.

Agora pode ser que alguém esteja a lhe dizer que você não tem valor — você vai fazer o quê? Acreditar? Se for assim, talvez seja importante se perguntar para que realmente você está estudando este Curso. Será que não é suficiente dizer que você é amado por Deus e que até mesmo Ele é incompleto sem ti? E se alguém disser de você um ai de mal querer que seja, você vai perdoar porque ele é um amor de pessoa? Um amor de pessoa que merece o teu bem-querer, mesmo que tu estejas no fundo do poço e tudo o que ele tenha para oferecer seja uma pá? Tu não perdoas porque és "bonzinho", tampouco o perdão seja o clarear de tua indignidade, se acreditando o pior de todos. O perdão é só isso: teu irmão, em um corpo, te julgando e te fazendo qualquer “mal” que seja, não existe. Isso se chama: perdoar ilusões.

(Mas perdoar não é abraçar o assassino e dizer a ele que venha em tua casa jantar o belo e bom que sendo para sempre seja. Perdoar é saber que o assassino, o convite e o jantar são meramente ilusões).

De toda forma, ama ao teu irmão independentemente do ele faz/fez. Embora esteja escrito que "lembrarás de Mim quando vires ao Espírito Santo em teus irmãos santos", pensa que isso não está escrito assim: "teus irmãos são falsas imagens e sombras em um mundo ilusório. Eles nem sequer existem", portanto, não tens que viver com esse triste conceito sobre os outros para evitar tua responsabilidade sobre esse mundo. Realmente, ninguém está aqui; mas ver a todos como "ninguém" é o mesmo que isolar o amor. 

Finalmente, diante deste panorama violento, pode ser ainda que chegues à conclusão lógica de que não precisas aceitar a opinião de qualquer pessoa que seja, vindo com isso a acreditar que teu valor é estabelecido pela opinião que tens sobre ti mesmo. Bem...nesse caso, talvez devesses lembrar a “opinião” real que tens sobre ti mesmo, e poderias rir de qualquer autojulgamento. Pois aqui, neste panorama de imagens que se chama mundo, tu podes dar o nome que quiseres para o que quer que seja que aconteça, inclusive para as coisas que ocorrem contigo. Podes até mesmo podes dar nomes ao teu estar-no-mundo (honrado, honesto, caridoso, boa praça, leal ou, por outro lado, desonrado, mesquinho, vil etc). É por isso que a palavra “separação” é ideal para esta ilusão de uma coisa ali e outra lá, que nunca mais poderão ser a mesma, sendo uma boa e outra má. Esse jogo é tão ridículo quando é percebido que chega quase a ser impossível explicar o quão desproporcional é, em balanço com a verdade.

Olha só: ouve novamente o julgamento final sobre ti: és amado pelo próprio Deus, que É incompleto sem ti. Somente o amor de Deus pode ser suficiente para dizer de ti o que és e como te sentes verdadeiramente. Aqui, nesta ilusão, é possível que um se acredite desprestigiado e desmoralizado, mas como tudo o que faz parte da separação, não pode ser mais que uma fantasia, que, no entanto, como diz o Curso, pode tomar formas graves e convincentes.

Uma coisa é importante se dizer: diante das imagens-mundo, vale mais estar sempre presente e não negar nada. Aceita o que chega até ti como imagem, como se fosse apenas uma imagem, e isso é perdão verdadeiro, pois perdoas apenas ilusões e imagens são ilusões perceptíveis. Não tenta melhorar “tua imagem”, nem penses sobre isso. Quando lembrares quem és e onde verdadeiramente é o teu lugar, tudo não vai passar de uma piada mesmo. E tudo não passa de uma piada; pode crer, pode rir. A separação não faz nenhum sentido fora de seu círculo. Ria mais e não esquente a cabeça com nada. Melhor remédio para tristeza é alegria. Por fim, segue sempre em paz, na certeza de minha companhia e do julgamento amoroso de teu Pai; e lembra de permitir alegria em ti mesmo. Lembra do que está escrito no Texto sobre tua postura quanto à aparente gravidade dos atos deste mundo: “nem esperança, nem desesperança”; e procura o bom caminho, que te libertará. Eu te ajudarei nisto.