domingo, 29 de maio de 2011

UCEM - Expiação.




“Tu tens um papel na Expiação que eu ditar-te-ei. Pergunta a mim quais os milagres que deves apresentar.” (UCEM. Cap. I ; III - § 4)

“Eu estou a cargo do processo da Expiação que empreendi começar. Quando ofereces um milagre a qualquer um dos meus irmãos, tu o fazes para ti mesmo e para mim. A razão pela qual vens antes de mim é que eu não necessito de milagres para a minha própria Expiação, mas estou no final no caso de falhares temporariamente.” (UCEM. Cap. I ; III - §1)


Pergunta: O que é a Expiação?

Jesus Cristo foi um homem que soube o que significa entregar-se. Quando Lhe foi dito o que fazer, Ele simplesmente cumpriu. Um homem não se perde ao ver o que lhe evoca o espírito. Jesus esteve altamente concentrado e se voltou ao Céu como quesito único de sua vida. Ele soube ouvir e obedecer, e, ao que ouviu, divulgou; e, divulgado, recebeu. Portanto, se divulgares a vida, receberás vida. 

Jesus não julgava ninguém, pois sabia da natureza única do homem. Sabia que Deus buscava apenas se conectar com um, pois deste Um salvaria a todos. Este Um, por conta mesmo da extensão praticada por Jesus Cristo, agora são todos. Assim, diz-se que o despertar não é uma conquista, mas uma herança. 

Jesus Cristo é teu irmão mais velho, que fez de si mesmo a Expiação. Ele tem em ti uma confiança perfeita, pois Ele sabe Quem És. Ele permanece atento a tua mais mínima disposição em aceitar a verdade, mas não deixa desamparado nenhum de seus irmãos, que são como Ele e a quem Ele decidiu ajudar a salvar-se lembrando-os disto. Jesus Cristo é a natureza divina em recursos humanos, pois Deus por Si Mesmo não se apodera de nenhum efeito ilusório da separação. Jesus atingiu a sabedoria da Expiação por ter experienciado este mundo em termos de corpo, com o máximo de proveito que é possível alcançar naquele instrumento de aprendizado.  Assim, pode compor a Expiação em Criação, pois estendeu o próprio Reino a este mundo através de seu aparente existir entre nós, sua vida e sua ressurreição. 

A Expiação será a tua porta de entrada no Reino. Atinge-a aquele que perdoa verdadeiramente seu mesmo si que está advogando sua aprendizagem sob outro ponto de vista, noutro instrumento de aprendizado, em outro corpo, isto é, teu irmão.  Sede grato quando vires qualquer dos teus irmãos feliz, pois é para ti também que ele se esforça, embora muitos não estejam conscientes disto. A generosidade de todos, que é apenas fazer o que se tem que fazer, por vezes é confundida pelo ego como a arrogância. O ego diz que se tu tiveres confiança no teu irmão, estarás perdendo alguma coisa que teu irmão tomará de ti. Assim, se teu irmão está feliz, você deve ficar infeliz, pois ele tomou uma parte da felicidade do mundo que era para ser tua. Isto é loucura! A alegria está disponível na Expiação com a qualidade do infinito. E aumenta à medida em que é partilhada. Por isso se diz que a alegria é o primeiro passo para a Expiação. No entanto, a alegria não é um êxtase contínuo de sorrisos e movimentos alargados. Pode ser apenas um calmo sentir a Deus enquanto se pratica alguma atividade trabalhosa. Alegria é estar em paz, não estar sorrindo, embora o sorriso seja o mais bonito dos atributos da Expiação estendidos através do corpo.

Em última instância, expiar é perdoar. A alma que perdoa outra alma está unida àquela, pois reconhece que são uma só. Isto requer certo preparo e os exercícios do UCEM são uma alternativa valiosa neste sentido.  Perdoar é não ver nada no outro. Perdoar é estar cego ao ódio, surdo ao desamor e oco de todo o julgamento — e oco é o vazio. Perdoar é amar sem nenhum resquício de ego. Perdoar é apenas ver o que se vê, pois o corpo do teu irmão é uma metáfora do que ele é, ou seja, é uma mera imagem. Condenar a imagem é uma figuração do erro em não distinguir o que é verdadeiro. Por isso, condenar a imagem é como querer "fazer uma realidade" em figuras de ódio e dar ao ódio status de algo que acontece.

O milagre é um desfazer, pois o "fazer" é querer construir à força um propósito impróprio. Criar é estender, libertar, soltar; conceitos que são  contrários à noção de julgamento, cujo propósito é manter — manter uma ideia, um juízo ou um conceito de alguém. Lembremos disto: os corpos estão separados, mas não sou um corpo, bem como meu irmão não é um corpo; então, na verdade, não podemos ser separados. Se julgo, e não estou separado, julgo apenas a imagem projetada de mim mesmo. 

Pedimos aqui a Deus que saibamos aprender a perdoar. E vimos agora a Ti, Espírito Santo, dizer que estamos abertos para que nos aponte o caminho dos milagres que nos conduzirão à Expiação. Peço por mim, para ti, por todos meus irmãos, meus iguais, amém.


Obrigado por leres até aqui. És bem vindo aqui. Te amo.


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