Obrigado a ti! |
As
sincronicidades, ou “acasos gentis”, são ocorrências seguras da mente
unificada. Quando uma pessoa está sintonizada com a mente una, pode obter
respostas de maneira muito satisfatória utilizando os termos desse mesmo um,
isto é, elidindo todos os opostos. Perguntas algo à tua esposa e a TV responde.
Um carro de som passa pela rua amplificando teu pensamento. No Japão, houve um
gesto de gentileza inesperado por conta daquele sorriso. Parecem bobagens? Para
o ego, tudo que é sagrado, que é unificado e significativo, parece bobagem.
No entanto,
não tens que atinar teu empenho em amplificar tua mente, pois tua mente é uma
coisa só, não pode ser amplificada. Se percebestes a resposta noutro lugar,
isso se dá porque ainda acreditas que existem lugares. Filho de Deus, obrigado! Obrigado, pois
ouvistes estas palavras que asseguram tua existência real.
Segurança vem
da entrega. Quem está seguro, está firme, aportado em algo. “O seguro morreu de
velho”, assim diz o teu ego quando desvanece a segurança empenhando ditados que “ampliam” o
conceito de “valia da luz”. A luz, segundo se sabe, não pode ser amplificada ou reduzida a dois. Ora, se
assim fosse, quem poderia arriscar a vida por outra pessoa? Existe “outra
pessoa” por quem se arriscar? A insanidade fornece propagandas a toda hora dos
“heróis” e “vilões”, mas a ocorrência de verdades partidas em duas não podem
ser significativas, a não ser em narrativas, que são sempre experimentos muito
afastados da realidade.
Não temas a
entrega agora. Assim, permitirás que o veio de luz que está para se apresentar a
ti apareça de maneira segura.
O ego, segundo o entendes, é um pensamento do
próprio ego! Uma armadilha! O ego — muito trapaceiro! Ele é capaz de te
fornecer a descrição de si mesmo em troca de tua confiança. E acreditarás nele,
se achas que tudo que é verdadeiro não passa de uma “descrição”.
Filho de Deus,
não é assim! O que é a verdade? O ego pode te dizer isso? Ninguém conseguirá te
dizer isso, pois o “isso” é uma experiência! Enquanto o ego aproveita tua
ingenuidade para inserir na tua cabeça milhares de empenhos devotados ao
contrário da meta, tu mesmo não sabes para onde vais. Então, em troca disso,
ele fornece seus remédios e suas fórmulas mágicas de conseguir o que quer, que é o completo isolamento do filho de Deus
de todos os seus irmãos.
Ele não
poderia te aderir a um propósito assim sem te dar algo em troca. Então, ele
fornece para ti algo “valioso”; digamos, um modo de vida, ou dinheiro, ou
alguma sábia escolha de futuro, algo assim. Ele te mostra o plano com ênfase
perfeita no que é o erro, e qual seria o caminho do acerto. No entanto, o erro
muda toda hora, e o acerto também. Assim, o destino passa a ser o julgamento do
erro atual. Queres mesmo viver o resto de tua vida deste jeito?
Se não, o que
poderia te ajudar agora? As sincronicidades apenas apontam para uma unicidade.
Uma “completeza” que está sendo agora percebida. Então, o que pode adiar o encontro
de ti mesmo com a Tua Natureza, com o Si Mesmo? Será que é alguma promessa que fizeste para ti há tempos atrás, que é o mesmo
que ainda segues? Pois o passado é apenas o julgamento de uma promessa, e se
prometeste algo para ti mesmo, esse algo somente pode ser cumprido se o
julgamento continuar. Então, o que é o passado? O passado é o julgamento adiado
no presente, antecipando o futuro, saltando por cima de todas as
sincronicidades ou encontros significativos. E a "meta" que este adiamento seguramente
te demonstra, tu não queres olhar.
Isso tudo é
triste, mas não é real, então não pode ser triste! Alegra-te então. Se estiveres
percebendo a alegria por trás dos encontros, se já alcançastes a sabedoria de
te livrar de tudo o que não parece ser verdadeiro e te fere e engana, então já
percebestes que a verdade não pode ser determinada por ti. Isso é um avanço e
tanto! E só pode te auxiliar e te “empurrar para frente”. Agradece aos teus
irmãos, que sem querer se devotam a te ajudar. Lembra que a tua santidade te
protege, pois tudo a tua volta é o reflexo disto. Não tenhas piedade de ti
mesmo, pois não se trata disso. Ora, se és o próprio Filho de Deus, a
misericórdia vem de tua expansão e não de teu empenho em querer consolo através
de pena ou comiseração. Essas coisas não te aprazem conforme crês. Embora, em
termos absolutos, a piedade tenha o valor da anuência Santa do maior empenho em
perdoar, que é amar. Amar é ter piedade, não por compaixão ou misericórdia, mas
“piedade em ver a verdade”. Piedade é, assim, “pedir a verdade”.
Senhor, Pai
Nosso Santificado em nosso empenho devotado, escuta-nos ó Pai! Teu filho aguarda
o Teu Chamado, desde sua criação, que não empenha em enveredar-se pelo erro, ao
que se destrata ao pedido de seu filho santo, pois ele no equívoco não sabe o
que faz. Ele está determinado na meta da salvação, e por ele pedimos aqui,
Senhor, que o salve deste mundo e o acolha em Teus amorosos braços novamente.
Amém.
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