O dia de hoje é um dia de dádivas
muito especiais. Hoje estamos abandonando o julgamento e todas as formas nas
quais ele aparece são esquecidas e substituídas pelo que aprendemos. O recurso
do aprendizado é a mudança. Hoje fazemos apenas um julgamento: “O Filho de Deus
não tem culpa e o pecado não existe”.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
terça-feira, 4 de junho de 2013
Sobre a raiva
Hoje gostaria de falar sobre o ataque, a raiva e suas implicações em medo. Ultimamente, vivo com raiva. O ataque muitas vezes me parece justificado em contra-ataque, isto é, estou sempre a tentar me defender. Está claro que isto não é sinal de sabedoria, apenas uma percepção de mim mesmo em equívoco. Tampouco acredito que se perceber em busca de erros seja sabedoria, mas já é um começo, pois impulsiona na busca de mudança.
Nesta ilusão
de sermos algo não sendo nada, o ataque promove as necessárias diferenciações.
Ora, tais diferenciações podem tomar a forma de injustiças. Assim, parece justo
nos defendermos. O contra-ataque é, portanto, totalmente justificado em nossa
mente errada, pois ele toma propaganda de ser uma defesa efetiva contra o ódio
que está “lá fora”. O jogo do ataque, contra-ataque e justificativas produz o
medo. E o enleio da separação reside em nosso medo e necessidade de defesas.
Criei um mundo
terrível e preciso me defender dele. Assim, onde caberá o amor, no meio de uma
guerra? No sonho de guerra, a trégua é um intervalo, e não um fim. Preciso
retornar a mim mesmo, mas para isso, para lembrar quem eu sou, não pode ser no
meio de uma guerra. As imagens assustadoras, nas quais me criei sendo, são
terríveis, mas são interpretações. No meio do que estou a ver em guerra, não
está acontecendo nada.
Para evitar
tais equívocos insanos, o UCEM enfatiza que nossa segurança está em ser sem defesas.
Estou tentando, mas sempre me parece muito difícil. Ontem, no entanto,
encontrei este achado no capítulo 6:
“O ego pode aceitar a ideia de que o retorno
é necessário porque pode muito facilmente fazer com que a ideia pareça
difícil. Entretanto, o Espírito Santo te diz que mesmo o retorno é desnecessário,
porque o que nunca aconteceu não pode ser difícil. Apesar disso, podes
fazer com que a ideia do retorno seja tão necessária quanto difícil. Porém, certamente
está claro que o perfeito não necessita de nada e tu não podes experimentar a
perfeição como uma realização difícil, porque isso é o que tu és.” (T-6; II;
11:1-4).
Eis
algumas ideias que forneço para ajudar a quem se identificou com a insanidade,
todas elas retiradas do Livro de Exercícios:
Eu sou como Deus me criou. Eu sou a luz do
mundo. Deus não criou um mundo sem significado. Eu não percebo meus maiores
interesses. Eu não sei para que serve coisa alguma. Acima de tudo eu quero ver.
Acima de tudo eu quero ver as coisas de modo diferente. Não há nada a temer.
Deus, sendo Amor, É também felicidade. O perdão oferece tudo o que eu quero.
Confio em meus irmãos, que são um comigo. Que os milagres substituam todas as
mágoas. Eu descanso em Deus. Eu sou como Deus me criou. Só minha condenação me
fere. Eu não sou um corpo, eu sou livre. Não há paz exceto a paz de Deus.
Não
há nada melhor a se fazer do que ler o Um Curso em Milagres e praticar seus
exercícios. É uma benção. Graças a Deus e obrigado Jesus.
Os
primeiros parágrafos deste texto devem ser perdoados. Não deve ser difícil
realizar quem somos. Não há uma guerra. “É você com você mesmo”. Deixo uma
música de Rubinho e Mauro Assunção como boa mensagem para lembrar. Um irmão nunca
pode ser atacado. Um ótimo dia para nós. Te amo, meu irmão.
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sábado, 1 de junho de 2013
Sobre os milagres
Estamos de volta a mais uma aventura em palavras. Decerto que as palavras podem apontar o caminho, mas nem sempre são elas mesmas o veículo do despertar. Acontece que as palavras ainda estabelecem para si conteúdo, um elemento fundamental à separação. Os milagres, diferentemente, me parecem o colapso do conteúdo. Eles fornecem uma associação do tempo com o mistério da nova consciência, que não é em si um mistério, mas parece misteriosa enquanto ainda não acordamos.
Os
milagres atraem a mente à certeza por conta de sua evocação do certo. Ele
garante que existe outro modo da mente operar no mundo que é válido, mas não
pode ser definido pelos parâmetros deste mesmo mundo. O medo dos milagres faz
com que o mundo torne-se ainda mais atraente, pois o mundo pode negar os
milagres através da correlação em circuito fechado entre objetivos e
fundamentos. O milagre não possui em si uma correlação plausível para ser compreendido
no mundo em termos de fundamentos, pois seus efeitos não são estabelecidos por
nenhuma causa física, embora possa se utilizar do físico como um meio para sua manifestação.
O
milagre apoia a diferenciação sem separar. Digo isso simplesmente porque o
milagre indica outra ordem. Mas sendo a ordem que ele revela real, o milagre
diferencia o que é desejável daquilo que é falso. Um milagre não pode ser relacionado com
nenhuma ordem, mas ele estabelece uma ordenação, e, por conta disto,
diferencia. Após a aceitação do milagre, algo diferente agora passa a ser desejado.
A
forma do milagre, isto é, quando ele pode ser expresso de alguma forma, não parece
ser o mais importante em sua ocorrência. Acredito que seu objetivo não é exatamente
a reformulação do errado em certo, ou da doença em sua cura. Esta é a
superfície, vamos dizer assim, do milagre. O verdadeiro milagre surge por conta
da crença que ele evoca. Após sua
ocorrência, não somos mais os mesmos, não podemos mais pensar da mesma forma,
pois ele atesta, em diferenciação, que a diferenciação é um erro. Para aceitar
os milagres é preciso aceitar seus paradoxos.
Certa
vez, eu dirigia meu carro em certo ponto de uma avenida bastante movimentada e,
em um piscar de olhos, eu estava dali a uns dois ou três quilômetros. Pareceu instantâneo,
e para mim foi mesmo uma supressão do tempo e espaço. Isso ocorreu a mais de
dez anos, quando eu sequer sonhava em existir o Curso em Milagres. Tal fato me
encorajou a abrir minha mente em favor do desconhecido — eu soube que havia
algo diferente deste mundo em diferenças.
O
UCEM define de maneira brilhante o contexto do milagre. Está logo no início do capítulo
28: “O milagre nada faz. Tudo o que ele faz é desfazer.” (T-28, I, 1:1). Portanto,
ele desfaz o que parece significativo, comprovando em essência que há uma
ocorrência influente no mundo que não é deste mundo. Somente esta ocorrência é
significativa.
Talvez
eu não alcance distinguir satisfatoriamente a importância do efeito do milagre
na mente em relação à sua ocorrência. Este texto visa enfatizar o milagre
segundo a perspectiva da mudança na mente de quem o recebe. Seu efeito
observável pode ser de grande valia, mas acredito que este não é esse o objetivo
do milagre. Posso estar errado em minhas observações, mas esta é a maneira como
entendo as coisas por enquanto.
Despeço-me
aqui, pedindo a Deus que nos ajude a compreender o significado de Seus
milagres. Amém.
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