Os animais não estão diferenciados na separação como “indivíduos” em pressuposto consciente. Entretanto, vemos que são capazes de encontrar sua comida, reconhecer seus donos, bem como amam e retornam o amor dado, são igualmente capazes de sair e reencontrar suas casas, além de saber que a casa é sua e perceberem a si mesmo através de nomes. Ainda assim, embora saibam destas e de muitas outras coisas, eles não “sabem que sabem”, isto é, não possuem a consciência conforme esta é concebida nos seres humanos.
No caso dos animais domésticos a
ocorrência calma do amor está estabelecida em uma ação conviva, realizada na
relação amistosa entre os reconhecíveis para o animal, sendo o amor capaz de
aumento, quando, por exemplo, há visitas em casa ou em caso de presenças
frequentes de parentes, amigos etc. Nos animais ditos selvagens, as ocorrências
de amor surgem mais frequentemente em pressupostos determinados em suas proles
e clãs, embora haja muitos casos em que animais ditos selvagens foram domesticados
ou adestrados e expressaram seu amor de modo muito expansivo para além de seu
nicho reconhecível.
Cada espécie representa uma
simbologia da separação. A separação trouxe consigo a criação da vida, e assim
o ato de criar fez com que o nada pudesse viver. Tal ato em criação realiza
tanto o criar quanto o fazer nas espécies. O Filho de Deus criou a vida para
poder escolher diferentemente. Com isso, demorou-se até conseguir reconhecer o
que fez. Tal possibilidade alcançou extensão no homem. A vida em torno do homem
deveria ser dominada e protegida por essa consciência. No entanto, neste
momento da história, o homem integral ainda não existe, ou seja, a humanidade
ainda não está totalmente guiada pela mente certa, para que o reconhecimento do
meio ambiente como um todo possa ser realizado. Por enquanto, ainda acredita-se
que adaptar-se ao meio ambiente é dominá-lo pela força e violência determinadas
pelo ego. Assim, a escassez em ato será suprida pela natureza em suas formas e
meios, transmutadas em alimentos, roupas, materiais etc. A vida removida para o
uso do material que encarnava a vida é ainda assassinato, mas não é ainda
percebida assim neste momento da história, e o material morto pode ser comido
ou vestido, sendo ainda para o ego símbolos do suprimento da escassez em fome
ou frio. Claro que um ideal pretederminado em medo não pode ser divulgado como
erro enquanto as mentes que assim o fazem crêem nisto como “tradicional” ou
“consequente”; tampouco se pode exigir saltos na evolução. A vida como um todo
integrado ainda é uma suposição filosófica neste momento histórico.
Alegria é Universal |
Nos já admitimos esses símbolos
em nossa própria espécie como “o ladrão”, “o assassino”, “o inimigo” etc. Nas
outras espécies isto é percebido como “selvagem”, “indomável”, “ameaçador” etc.
Pode-se perguntar se um artrópode como o escorpião pode ser tido como amável.
Respondemos dizendo que o amor ainda não deve ser estabelecido como uma noção
de compartimentos da vida, pois realmente a criação do filho em equívoco ainda
está a “amansar-se” neste mundo. No entanto, a vida em escorpião já salvou
muitas vidas, pela sua contenção em tamanho. Certa vez, caminhando com meu
amigo João Silvério, vimos um cãozinho da raça pinscher. Esta é uma raça
pequenina, mas muito conhecida por conta do temperamento tanto agressivo quanto
medroso. Então João presenteou-me com esse esclarecimento: "Deus sabe o que faz.
Imagine se o temperamento do pinscher estivesse no Pit Bull." E rimos.
O homem cabe em si todas as suas
selvagerias, mas a vida ainda se estabelece em diversas fases. No entanto, o
núcleo criador do princípio vital não é o homem ou a vida humana, mas a vida
mesma. Por isso se diz no UCEM que “tudo é realizado através da vida e a vida é
da mente e está na mente. O corpo nem vive nem morre, porque não pode conter a
ti, que és vida. (Cap. 6, V-A, 1:3,4) ” Portanto, a vida real não está no
corpos dos animais, humanos ou outros.
Mesmo se há vida extraterrestre, se estiver contida na esfera da separação (O
Universo), ainda assim não pode ser a vida real, que não precisa de um meio
material para existir. Isso não pode ser compreendido neste momento da história
a não ser através de símbolos.
Os animais e as formas de vida não-humanas são, portanto, o
símbolo da vida em estado semi-consciente. Sua ocorrência visa o equilíbrio
exato da vida no planeta. Já dissemos aqui que a presença do escorpião na terra
pode evitar algum assassinato entre os homens, assim como a existência da barata perdoa muita
feiura. Aquele que puder entender, ouça e clarifique.
Paz entre os vivos, amém.
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Paz entre os vivos, amém.
E sôbre ser vegetáriano?
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Abraço e obrigado pela leitura.