terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sobre a idolatria

Obrigado a Ti!
Agora os empenhos serão mais devotados, pois já experimentastes daquilo que queres. A Presença quando vem não pode ser negada por muito tempo, pois ela aponta para a Verdade, e a Verdade é atraente como uma jóia, preciosa como uma noite, bem aventurada como uma Dama e segura e terna como o Amor. Aquele que não quer destas coisas ainda não nasceu e jamais nascerá, pois precisaria estar apartado de Sua Vontade, que é a Mesma de Deus, para renegar coisas tão maravilhosas — e abrir mão de Suas Dádivas.  
  Agora, que fizestes chover, entenda o que é o Amor. O Amor é antes de tudo uma experiência altamente individual, mas com um resultado comum: a harmonia. Sempre que experimentares harmonia, não sentirás nenhum tipo de coerção ou mal estar. A única coisa que ainda te impõe alguma vontade contrária a tua é uma disposição à idolatria. A idolatria não significa algo ligado unicamente à contemplação. A verdadeira idolatria reside na crença. Pode ser uma crença positiva ou negativa em relação a qualquer coisa, mas os efeitos disto não importam: sempre deságuam no mesmo.
O perdão é o anticlímax da idolatria. A idolatria não é harmonia, pois a principal característica da idolatria é o entusiasmo. A única forma de harmonizar o entusiasmo é não julgar, e o principio da idolatria é o julgamento. Como poderias idolatrar algo se não julgares este algo valioso? No entanto, jamais podes idolatrar a nada, a não ser ao Próprio Deus. No entanto, mesmo aqui este conceito precisa ser compreendido de maneira adequada, pois “idolatrar a Deus” é um conceito que pode abranger uma tendência a evocar um princípio vazio de significado, pois não podes julgar a Deus. Assim, quando falamos em “idolatrar a Deus” queremos abranger uma característica apropriada ao sentido que faz a palavra “assunção”. A “assunção” significa que algo relativo a este mundo separado ascendeu aos Céus. Isso, na verdade, nunca aconteceu, nem irá acontecer, pois a matéria — como o corpo — é por demais densa para adentrar ao Reino. Assim, se idolatrares a Deus acreditando que Deus está em alguma parte deste mundo, estás equivocado em tua acepção das coisas, e te entregas à verdadeira idolatria, que é o equívoco.
Toda idolatria está radicada em um equívoco. Mesmo quando dizemos “idolatrar a Deus” dizemos que o idolatra aqui é um curador curado, e que ele sabe que idolatrar a Deus é a única maneira de se perdoar a idolatria, pois assim, destituída de significado, a idolatria cai no vazio semântico do termo e se aproxima de uma veneração, que é a idolatria ausente de equívoco. Mas mesmo a veneração deve ser entendia como um atributo a Deus, Que sabe que Seu Filho não pode idolatrar a nada ou venerar coisa alguma que não seja real.
Filho, aprende isto: a única coisa real é Deus, e nada mais. Idolatrar é se equivocar. Assim, não precisas julgar a nada do que fazes como valioso, pois o Verdadeiro Valor é atribuído ao que não pode ser julgado.


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Um comentário:

  1. Sejamos então totalmente seduzidos pela Verdade amorosa e bela! Um abraço, meu querido irmão!

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