quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Um sonho que tive II

Durante a noite passada, sonhei com alguns atores em situação de penúria, pedinto esmolas nos cantos, encostados nas árvores; todos conhecidos meus, bastante talentosos, mas encarando dificuldades pelo estranho ato de mendigar sua fome. Depois, fui convidado a assistir à apresentação do Grande Músico, que eu não conhecia; mas durante sua apresentação, o que na verdade me surpreendeu foi o fato meramente circense de ele tocar violão como se manejasse as teclas de um piano. O Grande Músico era então  uma curiosidade apenas, um embusteiro talentoso. Depois, surgiram animais que se metamorfoseavam em outros, como um jacaré, que tinha serpentes no lugar dos pés. Logo em seguida, eu estava sentado em um banquinho como aqueles de longo comprimento, no qual caberiam várias pessoas. Nele estavam alguns músicos e atores de grande talento, e eu comecei a despencar dali. Então acordei. 

O curioso neste sonho, para além de seu conteúdo, é que durante esta semana teremos aqui em Cuiabá a apresentação de alguns trabalhos na área teatral. Eu vinha pensando em voltar a atuar, ou estudar meu violão, que ultimamente venho tocando melhor. Mas esse sonho me diz outra coisa. Então perguntei ao meu Professor Interno, a Voz que Fala por Deus, nos termos do Curso em Milagres, o que esse sonho significa, e ouvi isso:
Um sonho sobre arte tem necessariamente que abranger uma Constância acerca da evocação do meio no qual determinada arte de expressa. Quem tem o poder de atuar nesse meio, o faz pelo interesse pleno na forma e em seu atuante. Nenhum processo significativo pode transcender o meio pelo qual o processo artístico se delineia, e o que há em termos próprios, em suas mesmas necessidades, é um esteio que prevalece no todo. Segundo isto, seu sonho se configura como uma atenção especial ao permanecer de uma obra que se foi. Uma vontade não equilibra forças, mas atua como sendo uma mera conjunção, que não perpetua pela via expressa. Contudo, a alma do artista existe como uma dádiva da qual Deus não pretende jamais retirar, embora haja o equívoco dos meios. Seus pressupostos artísticos não são definidos por ti. Tudo o que se vê em uma atuação inexata de uma possibilidade atuante é em verdade apenas a sombra de uma verdadeira atuação. Portanto, para seres o que vieste destinado a ser, aprende apenas isto: nenhum equívoco perfaz o caminho de uma flor que se entrega ao chão — e o chão é a mina onde Deus guarda seus diamantes.

 Estou digerindo.

Obrigado por leres até aqui. És bem vindo aqui. Te amo.


.

Nenhum comentário:

Postar um comentário