domingo, 30 de janeiro de 2011

UCEM - O ego e o jamais poder do nada

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Algumas pessoas têm medo dos personagens de cinema de uma maneira curiosa. O que faz a imaginação do indivíduo se conectar a certas imagens de forma que ficamos assustados com o que não existe? Assustados ——— com animação de computador? Um caso complicado destes é o tal do Sméagol, um personagem desta magnífica série chamada “Senhor dos Anéis”, uma das excepcionais coisas que Hollywood produziu.


              Mas Sméagol é apenas um dos personagens da série — ou saga — entre as gerações do Rei. Há ainda Frodo Bolseiro, o corajoso Hobbit que, na tarefa de desfazer o amaldiçoado anel, empenha uma aventura perigosa por territórios desconhecidos, acompanhado por três amigos leais. Além destes, o Novo Rei Aragon e seu irmão, legítimo herdeiro, o redimido Boromir. O magnífico Gandalf, o bruxo branco. E o corajoso anão Gimli, destemido e de coração fiel. O bruxo insano Saruman, e Sauron, o Senhor dos Anéis, que forjou nas eras passadas o Um Anel. E foi este anel — este único objeto em meio a todo o restante esplendor da Terra Média — que fez a cabeça do Hobbit Sméagol, ao ponto deste desejo insano transformá-lo na criatura “Golum”, chamada assim por conta dos sons guturais que emite.
                Para mim, o Sméagol é a melhor representação artística daquilo que o livro “Um Curso em Milagres” tenta descrever como “ego”. E é por isso que ele nós assusta tanto: cada um de nós possui um Sméagol de bolso, e o que é mais incrível ainda: de fabricação própria! E amamos o Sméagol, tadinho — fraco daquele jeito, um bichinho tão indefeso...

Eu?!

                Mas o Sméagol não é um puer, não possui a inocência da criança em si. É um falso, um trapalhão altamente insano que resolveu trocar toda a riqueza que há em ser um Hobbit pela porcaria de um anel, em artifício de males. Diferentemente do personagem Boromir, que se redime durante a saga, para Sméagol não há expectativa de salvação. Não tenha pena dele por isso. Ele é a única coisa insana que há na saga. Embora o malvado Sauron também queira o anel, isso faz sentido nos atos bruxos do malévolo Sauron — embora não haja significado! Mas o Sméagol quer o anel para nada! Ele é uma criatura que acredita na fantasia que ter o anel é completude. E tudo que ele consegue é acabar com o próprio corpo, ao ponto da deformação, que é o preço alto do medo, de quem Sméagol é servo fiel.
                Sméagol, no filme, é amigo da Aranha Negra. Ele não percebe onde está se metendo. Tudo que ele quer cegamente é idolatrar o anel e ficar lhe dizendo coisas especiais. Ele espera que o anel lhe traga algo, mas nunca se pergunta o que esse “algo” é — mas seria capaz de beber formicida nessa busca insana pelo nada, pois o anel nada significa para ele. É um contrabando interior, ao qual teve acesso pela via da ilusão. Sméagol é do tipo que teme uma espada de isopor, um revólver que atira bolhas de sabão, e acha que morrer é precioso. O Sméagol é o leão que teve medo de um cachorro pequinês, enfim: o Sméagol é o medo em si; é a morada do medo. No entanto, Sméagol é na verdade uma coisa para se rir muito dela, quando se vir.
                Mas as pessoas temem o Sméagol. Elas se assustam com ele. Tenho que confessar que eu mesmo já tive "medo do medo" que o Sméagol sente. Mas todo o medo que jamais existiu é apenas dele, então eu não preciso ter contato. O Sméagol assim pensado sumiu, com o anel dissolvido na lava, para nunca mais ser. E isso é tudo.
                Sobre o ego, o Curso em Milagres diz que um dia perguntastes a ele “quem sou eu?”

  
Ouve Quem Fala por Deus, Aragom!
“Ele é a única coisa em todo o universo que não sabe. No entanto, é a ele que perguntas e é à sua resposta que queres te ajustar. Esse único pensamento selvagem, feroz em sua arrogância e ao mesmo tempo tão diminuto e tão sem significado que passa despercebido pelo universo da verdade, vem a ser o teu guia. Tu te voltas para ele para perguntar o significado do universo. E à única coisa cega em todo o universo vidente da verdade, perguntas: ‘Como devo eu olhar para o Filho de Deus?” (UCEM – Cap. XX – Item 3 – § 7)

Ademais, o Rei Aragom e Frodo tinham receio da natureza corruptora do poder, mas superaram e souberam lidar com isto. No final, bonita mesmo é a Terra dos Hobitts, o Condado, ou a energia da floresta de Barbárvore, além de Aragom e sua amada Arwen, as aventuras tantas, a vida mesma tão intricada e o bom dia à liberdade.   
Bom dia. Bem vindo aqui.

Eu disse que o Condado existe...Olha aí!

PS de blog é link:
Para uma lista com descrições psicológicas interessantes de todas as personagens do filme, recomendo este link:



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